As suites para violoncelo de Johann Sebastian Bach, são consideradas obras fundamentais para o repertório do instrumento. Interpreta-las, entretanto, é um “tour de force” para o músico, em razão de sua complexidade técnica e poucas anotações existentes nas partituras originais.
Bach provavelmente as compôs entre os anos de 1717-23, quando serviu como mestre de capela, na cidade alemã de Köthen. Como é usual na suíte musical barroca, depois do “prelúdio” que inicia cada uma das suítes, os demais movimentos são baseados em típicas danças barrocas. Durante anos, Raïff Dantas Barreto ouviu e analisou diversas versões, encontrando em algumas, maior liberdade estilistica, e, em outras, maior fidelidade à partitura. Entretanto, em todas elas um ponto comum se destacou: a reverência.
De todas as gravações, se sentiu especialmente tocado pela performance de Aldo Parisot, primeiro cellista brasileiro a gravar as suítes. Nesse álbum, Dantas Barreto interpreta as três primeiras suites, imprimindo nelas, sua marca pessoal e assinatura sonora. Em seus planos, pretende gravar as três suites restantes,completando, assim o ciclo das seis suites escritas pelo compositor alemão.