Duas vezes indicada ao Grammy Latino e vencedora de diversos prêmios internacionais e no Brasil, Clara Sverner consolidou sua formação musical estudando no Conservatório de Genebra, na Suíça e no Mannes College of Music, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Sua trajetória sempre esteve marcada pela dedicação e criteriosa abordagem estética sobre repertórios internacionais e brasileiros.
Artista completa, com trânsito fluente na música clássica, a pianista lançou álbuns emblemáticos de música popular brasileira ao longo das últimas décadas. Seu estilo, lírico e introspectivo, se destaca nas elegantes escolhas para o repertório deste novo álbum. Reunindo peças de diferentes compositores e períodos, a seleção apresenta uma síntese de seu legado pianístico, construído com interpretações leves e delicadas, reveladas com técnica precisa e uma impressionante coesão narrativa.
Twelve Waltzes originou-se de uma percepção pessoal de Sverner, que, ao tocar a Valsa nº 7 de Chopin, sentiu nela, uma melancolia inerente, entrelaçada ao ritmo da dança; Inspirada por essa sensação, selecionou composições que compartilhassem esse sentimento, em diferentes perspectivas. Trouxe à luz interpretações únicas de Valse Triste, de Sibelius; La plus que lente, de Debussy; três Choro Waltzes, de Francisco Mignone; Morena, de Cristóvão Bastos; e Valsa Só de Ronaldo Miranda, além de cinco valsas de Chopin.
A capa do álbum foi criada por Muti Randolph, artista visual brasileiro reconhecido internacionalmente, que desenvolveu uma imagem fluída em movimentos e transparência, em inspirada alusão a valsa. Clara Sverner, mais uma vez, presenteia o público com uma antologia de temas interpretados com alma e sensibilidade únicas. Algo que somente, os grandes intérpretes podem fazer, com imaculada autoridade.













